Comissão aponta os evangélicos como um dos mais intolerantes religiosos
Evangélico, religião terça-feira, novembro 25, 2008
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Lula participou, na quinta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, da cerimônia de inauguração do monumento a João Cândido Felisberto, conhecido como o Almirante Negro. Felisberto foi líder da Revolta da Chibata, de 1910, contra o Código Disciplina da Marinha brasileira, que previa chibatadas e outros castigos aplicados contra marinheiros.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa pede, em documento alcançado ao presidente Lula, que o governo federal proíba o patrocínio de organismos da União e estatais a veículos de comunicação que incentivam a intolerância religiosa, fiscalize a aplicação da lei que obriga o ensino da História da África nas escolas e o cumprimento da Lei Caió, que prevê a aplicação de penas para casos de racismo e intolerância religiosa.
O documento entregue a Lula afirma que agressões verbais e físicas são cotidianas contra religiosos de matriz africana. Integram a Comissão representantes do Candomblé, da Umbanda, de igreja Presbiteriana, da Igreja Católica e da Federação Israelita.
Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o número de brasileiros que se declararam umbandistas (432 mil) diminuiu em relação ao Censo de 1991, quando somavam 542 mil pessoas.
Texto escrito e retirado da agência de notícias ALC:
“Hoje, existem pessoas se escondendo de sua fé por causa da intolerância religiosa”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Templos de Umbanda e Candomblé (Abratu), Guimarães de Ogum, em entrevista para o jornal o Estado de São Paulo. “Existem casos de templos que são invadidos por evangélicos e quando ele (o umbandista) vai à delegacia, acaba sendo alvo de gozações”, acrescentou.
O sociólogo Flávio Pierucci, livre-docente da Universidade de São Paulo, declarou ao jornal paulista que a diversidade religiosa não tem crescido com a liberdade religiosa.