Igrejas pedem intervenção diplomática na Faixa de Gaza
igreja quinta-feira, janeiro 08, 2009
A punição coletiva contra um país vizinho é ilegal e não tem lugar na construção da paz, declarou Kobia, chamando os governos de Israel e do Hamas a respeitarem direitos humanos e humanitários. As agressões precisam parar imediatamente, agregou.
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Kobia lembrou manifestação do Comitê Central do CMI, reunido em fevereiro de 2008 em Genebra, condenando a punição coletiva dos moradores da Faixa de Gaza, assim como os ataques contra civis em e ao redor de Gaza.
No período de celebrações pelo nascimento do Príncipe da Paz, “as notícias que nos vêm da ‘terra santa’ não são bênçãos, mas de bombardeios aéreos, de guerra, de morte e de milhares de feridos”, diz a manifestação do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), reportando-se à ofensiva militar aérea iniciada em 27 de dezembro, em Gaza.
A ação militar israelense, uma resposta aos ataques do Hamas contra cidades do sul de Israel, “causou o maior número de vítimas mortais desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967”, arrola o secretário-geral interino do Clai, pastor Nilton Giese. Mais de 400 pessoas, boa parte civis, morreram na Faixa de Gaza e outras duas mil ficaram feridas, vitimadas pelos ataques.
Em carta remetida ao presidente do 63. período de sessões da Assembléia Geral das Nações Unidas, padre Miguel d’Escoto Brockmann, Giese assinala que o Clai, como igrejas na América Latina e no Caribe, pede a intervenção da ONU na região, para que consiga introduzir algum tipo de intervenção diplomática que seja aceita pelos dois lado em conflito.
O secretário-geral do CMI destaca que as orações das igrejas filiadas ao organismo ecumênico internacional pedem que o novo ano traga nova coragem, novas lideranças e novos compromissos para o difícil trabalho de construção da paz no Oriente Médio.
Nota da assessoria de imprensa da embaixada israelense no Brasil enfatiza que Israel não tem a intenção de reassumir o controle da Faixa de Gaza, mas quer, com a expansão da operação militar no dia 3 de janeiro, fazendo incursões também por terra para tentar controlar as rampas principais de lançamento de foguetes que operam na área, “atingir os objetivos de destruir a infra-estrutura terrorista e garantir a segurança de Israel”.