Burocratização impede trabalho de líderes evagélicos a Morro
fé, fiéis, igreja, pastor terça-feira, fevereiro 03, 2009
Na última quarta-feira (28), o bispo recebeu um ofício informativo da Gerência Regional do Monumento Natural Estadual, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), órgão responsável por administrar o morro de Santo Antônio, uma área de conservação. O documento solicitava o envio de ofício, com antecedência mínima de cinco dias, para cada subida ao morro fora do horário permitido, das 8h às 17h30.
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“Nós só fazemos o que está escrito na Bíblia. O Senhor Jesus subia no monte. E eu tenho que subir para as pessoas receberem os milagres”, exclama o religioso. Toda madrugada de quarta-feira é hora de subida, segundo Furlan. Outras seis pessoas costumam acompanhá-lo, entre pastores e um técnico responsável por captar imagens lá do alto, recebidas por uma antena parabólica e inclusas nas 14 horas de programação televisiva da IMPD diariamente.
A subida ao morro acontece sempre em jejum. Nas costas, o bispo leva uma mala pesada, repleta de pedidos dos crentes por milagres pessoais. Trata-se do ato final previsto por ocasião do Dia do Milagre Urgente, campanha promovida pela IMPD toda terça-feira, o evento mais importante da congregação. “O morro de Santo Antônio oferece todas as dificuldades próprias do sacrifício. O que dá a vitória é eu subir com a mala pesada nas costas e descer com os milagres cumpridos ao povo, mas os caras não querem deixar”, protesta o bispo contra a Sema.
De acordo com Celso de Arruda, responsável pela administração do morro, o que o bispo tem entendido como proibição é apenas um documento informativo, pois a lei estabelece que a visitação ao local fora do horário estipulado deve ser autorizada. Porém, ele mesmo avisa que o descumprimento implica em crime ambiental e de desobediência, ambos previstos na lei. O cuidado com as visitações, diz Arruda, existe devido ao grande volume de lixo deixado por visitantes.
Fonte: Diário de Cuiabá