Cartaz com José e a Virgem na cama gera protestos na Nova Zelândia
religião quinta-feira, dezembro 17, 2009
O outdoor traz a legenda Poor Joseph. God was a hard act to follow ("Pobre José. Foi difícil vir depois de Deus", em tradução livre), sugerindo que a cena ocorreu após a Concepção do Menino Jesus. Segundo o vigário da igreja St. Matthew-in-the-City, Glynn Cardy, a ideia do cartaz era questionar estereótipos e promover o debate entre os fieis sobre o nascimento de Jesus Cristo.
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Mas a Igreja Católica condenou o outdoor, chamando-o de "inapropriado" e "desrespeitoso". Apenas horas depois de ser exibido em público, o cartaz foi vandalizado com tinta marrom.
Sátira
O vigário Glynn Cardy disse que o objetivo do cartaz era satirizar a interpretação literal da concepção de Cristo.
"Estamos tentando fazer com que as pessoas pensem mais sobre o sentido do Natal", disse ele à agência de notícias New Zealand Press Association (NZPA).
Cartaz vandalizado
Horas depois de ser colocado, cartaz foi vandalizado
(O Natal) tem a ver com um Deus espiritual masculino enviando seu sêmen para que uma criança nasça ou com o poder do amor em nosso meio?", questionou.
Cardy disse à NZPA que a igreja recebeu e-mails e telefonemas sobre o polêmico outdoor.
"Cerca de 50% disseram ter adorado, e cerca de 50% disseram que era terrivelmente ofensivo", disse ele, "mas foram cerca de 20 comentários sobre o cartaz. Isso é a Nova Zelândia."
‘Ofensivo’
A porta-voz da Diocese Católica de Auckland, Lyndsay Freer, disse que o poster era ofensivo para os cristãos. "Nossa tradição cristã de 2 mil anos diz que Maria permanece virgem e Jesus é filho de Deus, não de José", disse ela ao jornal New Zealand Herald. "Um cartaz como esse é inapropriado e desrespeitoso."
O grupo de defesa dos valores familiares Family First disse que qualquer debate sobre o nascimento de Jesus de uma Virgem deve ser realizado dentro da igreja.
"Confrontar crianças e famílias com o conceito, com um outdoor na rua, é completamente irresponsável e desnecessário", disse o diretor do grupo Bob
McCroskrie ao site de notícias stuff.co.nz.