Justiça derruba lei que proibia imagens sacras no Sambódromo
Brasil, evento, noticia, religião, santo quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Legislação cai, mas Liesa mantém regulamento que impõe limites à exibição de santos nos desfiles. Cristo mendigo voltará à Avenida.
Rio - O Órgão Especial do Tribunal de Justiça considerou inconstitucional lei municipal que proibia escolas de samba de usar imagens religiosas na Sapucaí. A legislação, de 2007, cai no ano em que, pela primeira vez, um arcebispo do Rio visitou os barracões das escolas de samba.
A decisão dos desembargadores, no entanto, não vai alterar o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). O Artigo 27 está atrelado ao Código Penal, que prevê detenção de até 1 ano para para quem “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Quem desrespeita a regra pode perder ponto no desfile.
Pelo menos duas escolas vão desfilar este ano com referências a religiões: Grande Rio e Imperatriz. A escola de Caxias, que vai exaltar os 25 anos de Sambódromo, levará à Avenida uma reedição do Cristo mendigo que Joãosinho Trinta criou para a Beija-Flor em 1989. À época, a alegoria desfilou coberta, proibida pela Arquidiocese.
O carnavalesco da Tricolor, Cahê Rodrigues, comemorou, mas não entregou se vai descobrir o novo Cristo. “O objetivo é emocionar o público e não causar polêmica”. Max Lopes, da Imperatriz Leopoldinense, afirma que a medida não afeta o enredo ‘Brasil de todos os Deuses’: “Vamos respeitar a fé de todos. A medida judicial não altera a minha estratégia”.
Sacerdotes são unânimes em constatar que a relação entre a Igreja Católica e a Liesa é muito diferente daquela de 21 anos atrás, quando Joãosinho Trinta viu o Cristo mendigo ser proibido de desfilar. Há 15 dias, as 12 agremiações do Grupo Especial receberam a visita da imagem peregrina de São Sebastião na Cidade do Samba, levada por Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio.
“Não é preciso proibir as mensagens religiosas, o necessário é ser cuidadoso, preservando a religiosidade para que possamos desfrutar da cultura popular da melhor maneira possível. O diálogo é importante para promover a integração sem prejuízo para ninguém”, analisou o padre Ramon Nascimento, da Igreja Nossa Senhora da Paz.
Rio - O Órgão Especial do Tribunal de Justiça considerou inconstitucional lei municipal que proibia escolas de samba de usar imagens religiosas na Sapucaí. A legislação, de 2007, cai no ano em que, pela primeira vez, um arcebispo do Rio visitou os barracões das escolas de samba.
A decisão dos desembargadores, no entanto, não vai alterar o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). O Artigo 27 está atrelado ao Código Penal, que prevê detenção de até 1 ano para para quem “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Quem desrespeita a regra pode perder ponto no desfile.
Pelo menos duas escolas vão desfilar este ano com referências a religiões: Grande Rio e Imperatriz. A escola de Caxias, que vai exaltar os 25 anos de Sambódromo, levará à Avenida uma reedição do Cristo mendigo que Joãosinho Trinta criou para a Beija-Flor em 1989. À época, a alegoria desfilou coberta, proibida pela Arquidiocese.
O carnavalesco da Tricolor, Cahê Rodrigues, comemorou, mas não entregou se vai descobrir o novo Cristo. “O objetivo é emocionar o público e não causar polêmica”. Max Lopes, da Imperatriz Leopoldinense, afirma que a medida não afeta o enredo ‘Brasil de todos os Deuses’: “Vamos respeitar a fé de todos. A medida judicial não altera a minha estratégia”.
Sacerdotes são unânimes em constatar que a relação entre a Igreja Católica e a Liesa é muito diferente daquela de 21 anos atrás, quando Joãosinho Trinta viu o Cristo mendigo ser proibido de desfilar. Há 15 dias, as 12 agremiações do Grupo Especial receberam a visita da imagem peregrina de São Sebastião na Cidade do Samba, levada por Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio.
“Não é preciso proibir as mensagens religiosas, o necessário é ser cuidadoso, preservando a religiosidade para que possamos desfrutar da cultura popular da melhor maneira possível. O diálogo é importante para promover a integração sem prejuízo para ninguém”, analisou o padre Ramon Nascimento, da Igreja Nossa Senhora da Paz.
Fonte: O Dia / Via: NC