Onda escândalos de pedofilia no Vaticano pode virar uma bola de neve
Católico, igreja, pecado, religião segunda-feira, março 29, 2010
A onda de escândalos de pedofilia no clero católico continua crescendo e com ela as denúncias de abusos sexuais que agora ameaçam a Igreja italiana e seus 50.000 sacerdotes.
"A quantidade de vítimas vai aumentar de forma exponencial nas próximas semanas", prevê Roberto Mirabile, chefe do movimento antipedófilo La Caramella Buona.
Em Bolzano, norte da Itália, a cúria abriu recentemente um e-mail para arrecadar testemunhos, depois que um jornal local de idioma alemão publicou as revelações de um homem que afirma ter sido violentado em um convento, nos anos 70, quando era adolescente.
No início de março, a Congregação para a doutrina da fé, encarregada de examinar as denúncias, pediu à diocese de Verona, norte da Itália, que reabrisse uma investigação de mais de 60 casos de abusos sexuais em um instituto para crianças surdas e mudas.
"A Igreja italiana está preocupada e começa a atuar frente ao que poder virar um verdadeiro escândalo", afirma Mirabile.
Em meados de março, no jornal Avvenire do episcopado italiano, Charles Scicluna, que dirige as investigações do Vaticano sobre crimes sexuais, disse que estava preocupado com a "persistência de uma cultura do silêncio", apesar de achar que o "fenômeno não parecia alcançar proporções dramáticas" na Itália.
Em 18 de março passado, o bispo de Bolzano, Monsenhor Karl Golser, pediu perdão às vítimas e as incentivou a contatar a diocese, dizendo que queria dissipar a impressão de que "a Igreja quer esconder algo".
No caso de Verona, a diocese vai interrogar as vítimas dos abusos revelados pela revista L'Espresso em janeiro de 2009, e que deram lugar a apenas uma investigação interna da Igreja.
Padres e empregados do Instituto Católico Antonio Provolo de Verona foram acusados de ter abusado de 67 crianças surdo-mudas dos anos 50 até 1984.
O porta-voz da diocese, Bruno Fasani, confirmou as novas investigações, mas classificou a cifra de "não confiável".
Sob o título "O inferno italiano", L'Espresso publicou na sexta um novo artigo dando conta de "40 casos de abusos" cometidos por religiosos, entre eles um padre em Toscana e uma freira na Lombardia, norte da Itália.
Para Mirabile, a onda de escândalos e a recente carta pastoral do Papa aos fieis da Igreja irlandesa levará muitas vítimas a quebrar o silêncio.
"A carta do Santo Padre constitui sem dúvida um incentivo ", disse o padre Fortunato di Noto, um sacerdote siciliano cuja associação Meter é muito ativa contra a pedofilia e a pornografia infantil.
Desde novembro passado, quando um informe revelou que a hierarquia eclesiástica irlandesa havia encoberto as centenas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, dezenas de casos de pedofilia foram denunciados na Alemanha, terra natal do papa Bento XVI, na Áustria, na Holanda e na Suíça.
No entanto, há alguns dias, a mídia italiana, em particular a televisão, não havia dado muita importância ao tema.
Para Mirabile, isso se explica pelo "apego e devoção" dos italianos à Igreja católica e pelo fato de que "o Vaticano está em Roma".
O porta-voz das vítimas de Verona, em compensação, acusa o governo italiano que "não interveio, ao contrário dos governos da Irlanda e da Alemanha".
"A quantidade de vítimas vai aumentar de forma exponencial nas próximas semanas", prevê Roberto Mirabile, chefe do movimento antipedófilo La Caramella Buona.
Em Bolzano, norte da Itália, a cúria abriu recentemente um e-mail para arrecadar testemunhos, depois que um jornal local de idioma alemão publicou as revelações de um homem que afirma ter sido violentado em um convento, nos anos 70, quando era adolescente.
No início de março, a Congregação para a doutrina da fé, encarregada de examinar as denúncias, pediu à diocese de Verona, norte da Itália, que reabrisse uma investigação de mais de 60 casos de abusos sexuais em um instituto para crianças surdas e mudas.
"A Igreja italiana está preocupada e começa a atuar frente ao que poder virar um verdadeiro escândalo", afirma Mirabile.
Em meados de março, no jornal Avvenire do episcopado italiano, Charles Scicluna, que dirige as investigações do Vaticano sobre crimes sexuais, disse que estava preocupado com a "persistência de uma cultura do silêncio", apesar de achar que o "fenômeno não parecia alcançar proporções dramáticas" na Itália.
Em 18 de março passado, o bispo de Bolzano, Monsenhor Karl Golser, pediu perdão às vítimas e as incentivou a contatar a diocese, dizendo que queria dissipar a impressão de que "a Igreja quer esconder algo".
No caso de Verona, a diocese vai interrogar as vítimas dos abusos revelados pela revista L'Espresso em janeiro de 2009, e que deram lugar a apenas uma investigação interna da Igreja.
Padres e empregados do Instituto Católico Antonio Provolo de Verona foram acusados de ter abusado de 67 crianças surdo-mudas dos anos 50 até 1984.
O porta-voz da diocese, Bruno Fasani, confirmou as novas investigações, mas classificou a cifra de "não confiável".
Sob o título "O inferno italiano", L'Espresso publicou na sexta um novo artigo dando conta de "40 casos de abusos" cometidos por religiosos, entre eles um padre em Toscana e uma freira na Lombardia, norte da Itália.
Para Mirabile, a onda de escândalos e a recente carta pastoral do Papa aos fieis da Igreja irlandesa levará muitas vítimas a quebrar o silêncio.
"A carta do Santo Padre constitui sem dúvida um incentivo ", disse o padre Fortunato di Noto, um sacerdote siciliano cuja associação Meter é muito ativa contra a pedofilia e a pornografia infantil.
Desde novembro passado, quando um informe revelou que a hierarquia eclesiástica irlandesa havia encoberto as centenas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, dezenas de casos de pedofilia foram denunciados na Alemanha, terra natal do papa Bento XVI, na Áustria, na Holanda e na Suíça.
No entanto, há alguns dias, a mídia italiana, em particular a televisão, não havia dado muita importância ao tema.
Para Mirabile, isso se explica pelo "apego e devoção" dos italianos à Igreja católica e pelo fato de que "o Vaticano está em Roma".
O porta-voz das vítimas de Verona, em compensação, acusa o governo italiano que "não interveio, ao contrário dos governos da Irlanda e da Alemanha".
Fonte: Gospel Prime