Com mais de 200 anos, “Amazing Grace” é a canção mais gravada de todos os tempos
Gospel, história, Mundo, Música quinta-feira, dezembro 09, 2010
Esse hino resistiu por mais de dois séculos, oferecendo esperança para os que sofrem ou buscam o sentido da vida. Com a sua melodia simples e a clara mensagem da salvação, “Amazing Grace” é uma sensação da música mundial. [Em português é conhecida por “Preciosa graça”, “Surpreendente Graça”, entre outros títulos].
No jargão musical poderia ser descrita como um “hit”, uma música “número 1” das paradas. Será que “Hound Dog”, de Elvis será cantada durante 200 anos? Ou “Beat It”, de Michael Jackson? ”Poker Face”, de Lady Gaga ? Bem, “Amazing Grace” já chegou lá e se mantém firme.
Cliff Barrows, que liderou corais de todo o mundo durante décadas, acompanhando as cruzadas de Billy Graham, afirma: “Vamos cantar essa canção até que Jesus venha e pode ser até uma das canções entoadas no céu, ao redor do trono”.
De acordo com o site www.allmusic.com, “Amazing Grace” foi gravada mais de 6.600 vezes.
“Pode ser a música mais gravada do planeta”, disse Jerry Bailey, executivo da Broadcast Music, de Nashville.
A canção foi escrita em 1779 (ou alguns anos antes) por John Newton, um poeta e sacerdote inglês, que morreu em 1807. Quando jovem, Newton desertou da Marinha Inglesa. Foi recapturado e punido, acabou se envolvendo com o tráfico de escravos. Mais tarde, experimentou um despertar religioso durante uma tempestade no mar. Acabou se tornando um prolífico compositor de hinos cristãos.
Mais de dois séculos depois, sua composição ainda faz parte da cultura tanto espiritual quanto secular. Foi tocada em alguns dos eventos mais sombrios do país: como os cultos fúnebre das vítimas dos ataques terroristas de 11/09, da bomba em Oklahoma City e o assassinato dos 32 alunos da Universidade Virginia Tech.
O hino ultrapassa as doutrinas denominacionais, sem fazer referência a Jesus Cristo, usa apenas “Deus” e “Senhor”. É infalivelmente positivo, não mencionando o inferno ou o diabo. A palavra “graça” aparece três vezes somente no segundo verso.
A maioria das músicas que possuem uma letra com palavras curtas, poucas notas altas e apenas uma oitava, são fáceis de cantar. Não é um desafio, como entoar o complexo hino norte-americano
“Trata-se de um casamento perfeito entre letra e melodia”, diz Mack Wilberg, diretor musical do famoso Mormon Tabernacle Choir.”Mas ressoa de uma maneira que poucos outros hinos conseguem.”
Existem várias traduções para os versos clássicos da primeira estrofe, que dizem [literalmente]:
“Maravilhosa Graça, como é doce o seu som/ Pois salvou um miserável como eu/ Eu estava perdido, mas agora fui encontrado/ Estava cego, mas agora vejo.
Os versos seguintes oferecem proteção, tranquilidade e satisfação.
Seu grande apelo é refletida nos diferentes tipos de álbuns onde pode ser encontrada, desde coletâneas de canções de amor em ritmo de reggae até a seleções de hinos tocados em gaita de foles e por bandolins.
Judy Collins provavelmente gravou sua versão comercial mais conhecida. Porém, Joan Baez passou a ser identificada com o hino depois de cantá-lo na década de 1960, durante as manifestações contra a Guerra do Vietnã. Mesmo assim, “Amazing Grace” não menciona questões sociais nem pode ser considerada um hino de “protesto”.
Essa canção fez parte da trilha sonora de filmes como “Deixem-nos Viver” e “O destino mudou sua vida”. Também dá nome ao filme “Amazing Grace” [Jornada pela Liberdade], de 2006, estrelado por Ioan Gruffudd. A película relata a vida de William Wilberforce, um ativista contra a escravidão durante o século 18. Albert Finney interpreta John Newton, amigo e mentor de Wilberforce.
A canção também foi tema de pelo menos um livro, “The Story of America’s Most Beloved Song: Amazing Grace”, escrita por Steve Turner e publicado em 2002, pela editora Harper Collins.
Seu uso internacional também é conhecido. Foi cantada em inglês e chinês por um coral de crianças em um culto realizado em Pequim, durante as Olimpíadas de 2008, onde estava o ex-presidente George Bush.
“Ela tem um apelo universal”, disse Wilberg.
Algumas versões alternativas passaram a ser cantadas, incluindo frases aparentemente extraídas do livro “A Cabana do Pai Tomás”. Mais de um século depois do lançamento desse livro, o hino era um usado regularmente durante as manifestações em defesa dos direitos civis.
Para a indústria da música, “Amazing Grace” é considerada domínio público. Isso significa que ninguém recebe royalties da canção, exceto quem escreveu alguma versão alternativa da letra.
O “Aleluia” de Handel, um dos principais rivais de “Amazing Grace” como música espiritual predileta, foi gravado cerca de 500 vezes, muito menos que “Amazing Grace”. E “How Great Thou Art” [Quão grande és Tu] só ficou popular nos EUA 170 anos depois de “Amazing Grace” ser escrita. Barrows diz que “Amazing Grace” continuará sendo cantada enquanto existir pecado no mundo, necessidade de perdão e da presença diária de um Salvador vivo, amoroso e generoso, que nos guia e fortalece a cada dia”.
No jargão musical poderia ser descrita como um “hit”, uma música “número 1” das paradas. Será que “Hound Dog”, de Elvis será cantada durante 200 anos? Ou “Beat It”, de Michael Jackson? ”Poker Face”, de Lady Gaga ? Bem, “Amazing Grace” já chegou lá e se mantém firme.
Cliff Barrows, que liderou corais de todo o mundo durante décadas, acompanhando as cruzadas de Billy Graham, afirma: “Vamos cantar essa canção até que Jesus venha e pode ser até uma das canções entoadas no céu, ao redor do trono”.
De acordo com o site www.allmusic.com, “Amazing Grace” foi gravada mais de 6.600 vezes.
“Pode ser a música mais gravada do planeta”, disse Jerry Bailey, executivo da Broadcast Music, de Nashville.
A canção foi escrita em 1779 (ou alguns anos antes) por John Newton, um poeta e sacerdote inglês, que morreu em 1807. Quando jovem, Newton desertou da Marinha Inglesa. Foi recapturado e punido, acabou se envolvendo com o tráfico de escravos. Mais tarde, experimentou um despertar religioso durante uma tempestade no mar. Acabou se tornando um prolífico compositor de hinos cristãos.
Mais de dois séculos depois, sua composição ainda faz parte da cultura tanto espiritual quanto secular. Foi tocada em alguns dos eventos mais sombrios do país: como os cultos fúnebre das vítimas dos ataques terroristas de 11/09, da bomba em Oklahoma City e o assassinato dos 32 alunos da Universidade Virginia Tech.
O hino ultrapassa as doutrinas denominacionais, sem fazer referência a Jesus Cristo, usa apenas “Deus” e “Senhor”. É infalivelmente positivo, não mencionando o inferno ou o diabo. A palavra “graça” aparece três vezes somente no segundo verso.
A maioria das músicas que possuem uma letra com palavras curtas, poucas notas altas e apenas uma oitava, são fáceis de cantar. Não é um desafio, como entoar o complexo hino norte-americano
“Trata-se de um casamento perfeito entre letra e melodia”, diz Mack Wilberg, diretor musical do famoso Mormon Tabernacle Choir.”Mas ressoa de uma maneira que poucos outros hinos conseguem.”
Existem várias traduções para os versos clássicos da primeira estrofe, que dizem [literalmente]:
“Maravilhosa Graça, como é doce o seu som/ Pois salvou um miserável como eu/ Eu estava perdido, mas agora fui encontrado/ Estava cego, mas agora vejo.
Os versos seguintes oferecem proteção, tranquilidade e satisfação.
Seu grande apelo é refletida nos diferentes tipos de álbuns onde pode ser encontrada, desde coletâneas de canções de amor em ritmo de reggae até a seleções de hinos tocados em gaita de foles e por bandolins.
Judy Collins provavelmente gravou sua versão comercial mais conhecida. Porém, Joan Baez passou a ser identificada com o hino depois de cantá-lo na década de 1960, durante as manifestações contra a Guerra do Vietnã. Mesmo assim, “Amazing Grace” não menciona questões sociais nem pode ser considerada um hino de “protesto”.
Essa canção fez parte da trilha sonora de filmes como “Deixem-nos Viver” e “O destino mudou sua vida”. Também dá nome ao filme “Amazing Grace” [Jornada pela Liberdade], de 2006, estrelado por Ioan Gruffudd. A película relata a vida de William Wilberforce, um ativista contra a escravidão durante o século 18. Albert Finney interpreta John Newton, amigo e mentor de Wilberforce.
A canção também foi tema de pelo menos um livro, “The Story of America’s Most Beloved Song: Amazing Grace”, escrita por Steve Turner e publicado em 2002, pela editora Harper Collins.
Seu uso internacional também é conhecido. Foi cantada em inglês e chinês por um coral de crianças em um culto realizado em Pequim, durante as Olimpíadas de 2008, onde estava o ex-presidente George Bush.
“Ela tem um apelo universal”, disse Wilberg.
Algumas versões alternativas passaram a ser cantadas, incluindo frases aparentemente extraídas do livro “A Cabana do Pai Tomás”. Mais de um século depois do lançamento desse livro, o hino era um usado regularmente durante as manifestações em defesa dos direitos civis.
Para a indústria da música, “Amazing Grace” é considerada domínio público. Isso significa que ninguém recebe royalties da canção, exceto quem escreveu alguma versão alternativa da letra.
O “Aleluia” de Handel, um dos principais rivais de “Amazing Grace” como música espiritual predileta, foi gravado cerca de 500 vezes, muito menos que “Amazing Grace”. E “How Great Thou Art” [Quão grande és Tu] só ficou popular nos EUA 170 anos depois de “Amazing Grace” ser escrita. Barrows diz que “Amazing Grace” continuará sendo cantada enquanto existir pecado no mundo, necessidade de perdão e da presença diária de um Salvador vivo, amoroso e generoso, que nos guia e fortalece a cada dia”.
Tradução: Gospel Prime / Jarbas Aragão
Fonte: Times Daily