Em tom de satisfação e realização, e também de expectativas, Samuel Mizrahy lança seu mais novo álbum, Naturalmente Sobrenatural.
Quando lançou seu primeiro álbum, talvez sequer imaginava que sua iniciativa seria o passo necessário para o sobrenatural de Deus. Também pudera. A canção título desse CD é mesmo profético: 70 x 7. Uma clara referência à sobrenatural graças de Deus na cura dos relacionamentos, já que o citado número diz respeito à quantas vezes se deve perdoar alguém, conforme relatado pelo próprio Jesus em uma de suas parábolas. Se duvida, é só conferir os relatos bíblicos de Mateus 17, versos 21 e 22 e ainda de Lucas 17, versos 3 e 4.
Pois bem! É nesse mesmo compasso, também em tom profético, que Samuel Mizrahy lança seu segundo álbum. O trocadilho que dá título ao disco parece ter sido proposital e casou bem com a proposta de seu autor. Ou como queira, de seu compositor. O título do disco? Naturalmente Sobrenatural. Com canções que variam do pop ao soul até chegar na adoração, e contando com participações de peso de músicos e ministros de renome e reconhecimento, Naturalmente Sobrenatural parece ser mais que apenas um novo trabalho no já tão tarimbado mercado gospel. É uma espécie de cartão postal ou carta-convite para quem, há muito, vem desejando algo mais de Deus.
É para esses que a presente matéria está destinada. E para então saber mais desse novo trabalho do Samuel Mizrahy - sua proposta, como e quando se deu o processo de preparo e lançamento do álbum, das participações especiais e muito mais – nada melhor que conversar com ele próprio. Uma vez que carinhosamente chamado por muitos de seu círculo íntimo de Samuka, coisa que ele não parece se incomodar, decidimos por conversar com ele nesse tom mesmo de intimidade, de liberdade. Eis aí então a entrevista que ele nos concedeu com exclusividade acerca desse seu novo projeto:
Lagoinha.com: Como distingui esse novo álbum em relação ao primeiro no tocante às canções, composições, aos arranjos, às participações e apoio e quanto tempo decorreu entre esse primeiro disco em relação a esse segundo?
Samuka: Foram dois anos de gestação e a cada CD, me sinto mais seguro e maduro. Creio que é resultado do relacionamento com Deus. Quanto mais perto dEle, mais O conhecemos, temos mais experiências com Ele e geramos mais frutos. Quanto às composições, vieram, na maioria, após minha mudança para São Paulo. Novos ares, novos líderes, novas mensagens e novas alianças de Deus restauradas. Tem sido um tempo precioso e um presente ter a Igreja Batista do Povo (cujo pastor responsável é Jonas Neves) em minha vida e no meu ministério. As participações desse CD também foram grandes presentes de Deus.
Lagoinha.com: Como definiria esse novo trabalho em termos de ritmo? É mais soul, mais pop?
Samuka: Pergunta complicada, hein?! (Risos). O soul sempre fez parte da minha vida. Desde pequeno, fui muito influenciado por meus irmãos musicalmente e tive contato com esse tipo de música. Não existe da minha parte um preconceito em relação a qualquer estilo musical e isso fez com que me tornasse receptivo a novos sons e tendências. Neste CD, tentei mesclar minha história com o som que tenho ouvido atualmente: de guitarras distorcidas a violão de nylon, de tamborins a naipe de metais. Uma mistura pouco convencional, mas que me agradou bastante e espero que agrade os ouvidos acostumados com os mc lanches que ouvimos por aí.
Lagoinha.com: O que diria das participações de André Valadão e do Pregador Luo e outras participações nesse novo álbum e como foi costurado tudo de forma a haver essas participações (e como todos reagiram ao seu convite)?
Samuka: O primeiro convite feito foi ao André Calore, o produtor do CD. Desde que me mudei, o André tem sido um grande amigo, e sua produção ditou muito do que eu pretendia. As outras participações como Pregador Luo, André Valadão e Leonardo Gonçalves vieram de amizades antigas, afinidades musicais e boas surpresas do céu. Todos são amigos queridos. De uma forma muito carinhosa, aceitaram esse desafio e se dedicaram 100% nas gravações. Não posso me esquecer dos músicos que participaram, como Thiago Rezende, Marcelo Ogg, Alex Aquino, Joab, Leandro Aguiari e por aí vai.
Lagoinha.com: A julgar por esse novo trabalho em relação ao primeiro, na sua opinião, houve um maior amadurecimento pessoal e profissional seu e de sua banda?
Samuka: Sempre há. E se não houver, há algo errado. Nossa caminhada deve ser pautada em prosseguir em conhecer mais ao Senhor. O que houve de principal foi meu amadurecimento pessoal no sentido de ter um temperamento controlado pelo Espírito Santo. Meu alvo é colocar meu coração nas canções e fazer um relato do que vivo. Algumas canções transmitem a vontade de levar uma vida à presença de Deus. Outras levam uma mensagem de encorajamento e esperança, algo que deve ser constante na vida do cristão. Procuro também me posicionar como alguém que quer sua própria fé em crescimento. No sentido musical, houve amadurecimento também. O som que tenho ouvido atualmente está presente. E sinceramente, não tenho medo de metamorfose.
Lagoinha.com: O que diria desse novo projeto em termos de tempo de produção, entre o início das composições até a arte final? Demorou muito? Foi árduo?
Samuka: Foram longos seis meses de produção e isso gera uma pequena ansiedade. Chegamos ao estúdio com um ótimo trabalho de pré-produção e era só partimos para a gravação. Porém, até conseguirmos conciliar agendas e outras pequenas coisas, foi uma luta. Se bem que se não houvesse tanta luta, não seria tão satisfatório. Deus tem nos chamado para sermos vitoriosos em todas as situações e, após tantas conquistas, olhamos para trás e percebemos claramente a maravilhosa fidelidade do Pai. Em tudo, Ele tem um propósito lindo. E vale a pena esperar nEle. Foi um trabalho árduo de mixagem e masterização feito por Leandro Aguiari. No final, tudo ficou dez. A arte do encarte foi feito por Juliano Castro, um grande amigo que faz parte da minha vida e do meu ministério. O site foi feito pela Raquel Cintra e o My Space feito pela Helen Ribeiro, pessoas muito queridas que me abençoaram de mais.
Lagoinha.com: Se tivesse de traçar uma trajetória e um paralelo de sua carreira e seu ministério desde quando começou até hoje, o que diria em termos de influências e referências musicais (de antes e hoje)?
Samuka: Sempre tive boas referências no que se refere à música e outras coisas também. Minha mãe foi a primeira delas. Sempre a ouvia cantarolando hinos e composições próprias que muito me encorajaram a compor. Minhas influências musicais vieram de dentro da minha casa. Sempre gostei de ouvir black music internacional. Lembro-me de uma fita cassete, bastante antiga, do BB Winans, que meu irmão trouxe dos Estados Unidos. Ouvi tanto que gastou a fita. Depois vieram bandas como Anoited, DC talk, Jars of Clay, Kirk Franklin e por aí vai. Sem contar outros artistas e bandas como Stevie Wonder, Take 6, Frank Mccomb, Rachelle Ferrel, Earth Wind and Fire e tudo mais. Se fosse escrever todos, não acabaria nunca. Muita gente boa que passou pela minha vida também deixou boas influências: Thales Roberto, Nívea Soares, André Calore, Álvaro Tito, Leonardo Gonçalves, João Alexandre, a antiga Banda Milady, Carlinhos Felix, Templo Soul, Luciano Claw, Ton Carfi, antiga Banda Azul, Janires (hoje falecido e na glória) e a antiga banda Rebanhão, Dani Grace, Massao Suguihara, pastor Adhemar de Campos, entre outros e ainda toda música boa.
Lagoinha.com: O que diria do Muito Mais não só por sua participação, mas de toda a equipe que era de peso, especialmente pelo fato de muitos terem apostado no grupo? Por quanto tempo o grupo esteve atuante e como encara tudo hoje, já que o grupo não existe mais?
Samuka: O Muito Mais foi um marco na minha vida e em muitos ministérios também. Fomos precursores de tanta coisa bacana que é ouvida hoje. Fomos pioneiros em ousadia e tivemos muita personalidade, algo que falta hoje na música evangélica brasileira. Sempre digo que o Muito Mais foi bom enquanto foi bom. Com aquela experiência, aprendemos como devemos ser e como não devemos ser. Foi um pontapé para outros ministérios frutíferos de hoje. O grupo acabou por vários motivos, mas acho que o principal foi a ação do próprio Deus. Fomos levados para outras histórias, outros lugares. Sem dúvida, ficaram lembranças, amizades e os muitos frutos bons que permaneceram, desses sim, vale a pena lembrar.
Lagoinha.com: Como está o trabalho de lançamento e divulgação desse novo álbum? O que tem planejado, como está de agenda e o que tem percebido em relação a aceitação do mesmo?
Samuka: Nunca fui muito ligado a isso. A divulgação está por conta dos amigos que ouvem, gostam e espalham. Minha agenda é bem tranqüila, pois priorizo muito minha igreja local. Quanto à aceitação, por conta das participações, este CD tem atraído gente de todos os lugares. Muitos têm ouvido e isso é muito bom. Meu desejo é que várias pessoas ouçam esse trabalho e sejam abençoadas. Tenho a expectativa de alcançar os corações, edificar vidas e encorajar ministérios.
Lagoinha.com: Por que Naturalmente Sobrenatural? É um trocadilho proposital para fazer referência à acessibilidade aos milagres de Deus?
Samuka: Muito tem se falado sobre o novo de Deus, sobre os milagres, sobre o toque de poder e de unção, sobre a busca desesperada pelo manifestar dEle. Se tivermos uma vida íntima com o Pai, todas essas manifestações irão acontecer de forma natural. Viver Naturalmente Sobrenatural é ser como Elizeu, que fez o machado boiar, teve revelações e palavras de Deus incontestáveis, que dividiu o Jordão, que pela sua oração os sírios ficam cegos, que foi o canal de Deus para a cura de Naamã e, que mesmo depois de morto e enterrado, Deus ressuscitara um homem que fora jogado na cova do profeta. Isso é ser sobrenatural! Tudo isso foi fruto de uma vida dedicada ao serviço do reino. Alguém que abandona tudo para viver o propósito de Deus, torna-se um exemplo maravilhoso do que é viver Naturalmente Sobrenatural.
Lagoinha.com: Uma palavra final acerca desse novo álbum, especialmente para quem ainda não conhece o um recadinho aos internautas do Lagoinha.com.
Samuka: Quero encorajar a todos a buscar uma mudança no estilo de vida. Intimidade com o Pai é a chave de tudo. Quanto mais próximos de Deus, mais justos no tornamos. Consequentemente, nossa oração será ouvida pelo Pai. Compartilharemos de Suas vontades e conquistaremos para a Sua glória. Vale a pena buscar a face do Senhor, ouvir a Sua voz e fazer a Sua vontade. A mesa está posta. O convite está feito.